Outros parasitóides

       Várias espécies da Ordem Diptera notadamente da família Tachinidae são também associadas as principais pragas de milho. Uma delas, muito comum é Archytas marmoratus (Townsend, 1915), um parasitóide solitário de larva-pupa de várias espécies de Noctuidae (Lepidoptera), incluindo as pragas de milho H. zea e S. frugiperda. O parasitóide tem um ciclo de vida complexo que o permite parasitar uma ampla gama de instares do hospedeiro. A fêmea não coloca os ovos diretamente nos hospedeiros e sim coloca vários deles nas proximidades. Os ovos logo dão origem a larvas. O parasitismo ocorre quando um hospedeiro entra em contato com essas larvas que penetram no corpo do hospedeiro entre a cutícula e a epiderme, onde ficam alojados. O primeiro instar de A. marmoratus começa a se alimentar do hospedeiro, mas não muda de instar até que o seu hospedeiro se transforme em pupa. O primeiro instar precisa, portanto, reentrar no corpo do hospedeiro a cada muda de pele deste. Após a mudança da fase de larva para a fase de pupa do hospedeiro, a larva de primeiro instar do parasitóide penetra na hemocele e induz a formação de um túnel respiratório. O desenvolvimento de A. marmoratus dentro da pupa do hospedeiro é rápido. A sua larva vai para o segundo instar um a dois dias após a pupação do hospedeiro; o segundo e o terceiro estádio larval dura entre dois e quatro dias cada um, com a formação de um pupário dentro do que restou da pupa do hospedeiro. Devido ao fato da fêmea de A. marmoratus ovipositar vários ovos ao mesmo tempo e também pela possibilidade de mais de fêmea ovipositar no mesmo local, existe a possibilidade de superparasitismo. Apesar disto, somente uma larva de A. marmoratus completa o desenvolvimento em um hospedeiro. Espécies do gênero Winthemia e do gênero Lespesia são também comuns em associação com as pragas de milho pertencentes à ordem Lepidoptera.


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