Vespa, Chelonus insularis Cresson 1865 (Hymenoptera: Braconidae)

Fêmea C. insularis parasitando ovos de S. frugiperda e lagartas da mesma idade (menor parasitada).Foto:Ivan Cruz
 
Fêmea C. insularis parasitando ovos de S. frugiperda e lagartas da mesma idade (menor parasitada).Foto:Ivan Cruz

         Essa espécie de parasitóide embora com preferência por S. frugiperda, tem sido mencionada também como parasitóide de S. exigua, H. zea e Elasmopalpus lignosellus, todos, insetos-pragas do milho. O inseto é uma vespa medindo cerca de 20 mm de envergadura. A fêmea coloca os seus ovos no interior dos ovos de S. frugiperda. Ao contrário das espécies de Trichogramma e de Telenomus, o ovo de S. frugiperda quando parasitado passa aparentemente pelo processo de incubação, dando origem à lagarta da praga, obviamente carregando no seu interior a espécie do parasitóide. A lagarta parasitada gradativamente diminui a ingestão do alimento, até ser morta pela larva do parasitóide. O período larval do parasitóide varia de 17 a 23 dias, apresentando média geral de 20,4 dias, ou seja, período próximo àquele de uma lagarta sadia. No entanto, a relação de consumo foliar entre lagarta sadia e lagarta parasitada é de 15:1. A menor alimentação da lagarta parasitada significa, na prática, menor dano à planta. Próximo ao desenvolvimento completo da larva do parasitóide, a lagarta de S. frugiperda abandona a planta e dirige-se para o solo, onde tece uma câmara como se preparando para transformar-se em pupa. No entanto, essa câmara na realidade é utilizada pelo parasitóide. Para sair do corpo da lagarta hospedeira, a larva do parasitóide perfura o seu abdômen. Imediatamente tece um casulo e em poucas horas transforma-se na fase de pupa e daí em adulto.

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